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Jumento em pele de leão, ou melhor, lobo em pele de ovelha...





Ao ler o livro “As crônicas de Nárnia”, um clássico da literatura infanto-juvenil, nunca pensei que o mesmo pudesse me conduzir a um mundo de fantasia, onde faunos, dríades, monópodes, centauros, gigantes etc. habitassem um mundo imaginário chamado Nárnia criado por um leão chamado Aslam. 


Mas engana-se quem acha que ao ler esse livro encontrará apenas uma história bem escrita para crianças, pois o mesmo nas entrelinhas está repleto de mensagens cristãs. E até mesmo eu, que já passei dos 20 anos, me deliciei com as histórias de C.S Lewis.


Várias passagens da obra muito me chamaram a atenção, mas a do último livro chamado de “A última batalha” me fez refletir sobre um problema que julgo estar tomando proporções gigantescas em nossos dias e que Lewis tratou com maestria em sua obra.


Nesta história somos apresentados a duas personagens: o macaco Manhoso e seu amigo, um jumento chamado Confuso. Essa amizade só foi possível devido a subserviência de Confuso que fazia tudo o que o “amigo” pedia. Manhoso era esperto e fingia-se de debilitado para manipular seu ingênuo companheiro enquanto o outro aceitava essa relação, pois não se achava muito inteligente e até achava muito gentil da parte de Manhoso em querer ser amigo dele.


 E assim, seguiam com suas vidas até acharem algo que modificaria não só suas vidas mas como toda a Nárnia. Em um dia ao passearem pelo lago do caldeirão encontraram uma pele de leão, então sem tempo a perder Manhoso deu início ao seu diabólico plano para dominar e reinar sobre Nárnia sem derramar uma única gota de sangue.


Hoje também é possível observar como existem pessoas que se dizem de Deus, mas astutamente almejam dominar e reinar sobre o povo de Deus. Acreditam, assim como Manhoso, serem mais capacitados e inteligentes porta-vozes de Deus.


Bom mais voltando ao ardil de Manhoso, o mesmo, astutamente, costurou a pele de leão e fez seu “amigo” vestir-se com a mesma, para que ninguém percebesse tratar-se de um mero jumento, obrigou-o a ficar no estábulo e só sair à noite quando Manhoso o chamasse e assim na escuridão todos pensavam estar diante de Aslam que há muito tempo não visitava as terras de Nárnia.


Sem nenhum esforço Manhoso e Tashlam (quem leu a história vai entender) conseguiu convencer a quase todos os animais e com isso os mesmos aceitaram até a escravidão na Calormânia porque "Aslam", assim, havia decidido para o "bem" de Nárnia.


Será que essa história não se repete nos dias atuais em que pessoas sinceras são enganadas quando acham que estão fazendo a vontade de Deus. Por falta de conhecimento permitem serem escravizadas e vivem sob os desmandos de inescrupulosos bispos, “paipóstolos” etc. e precisam entregar todo o seu dinheiro senão os “ratos do céu” irão roê-los (isso eu ouvi em um culto). Para receberem uma bênção especial precisam doar R$900,00, para seu negócio prosperar; precisam frequentar as reuniões especiais e fazer as correntes das 7 semanas e etc. 


E contrariar os “manhosos” é perigoso já que ninguém toca no ungido do senhor, então sua palavra se torna lei dentro de seus arraiais e muitas delas, nem eles próprios seguem, mas servem para manter os incautos no cabresto.


Ao fazer essa reflexão acredito que devemos tomar muito cuidado para não sermos enganados  por jumentos em pele de leão, ou melhor lobos em pele de ovelha. 



Reflitam nisso e deixem seu comentário!


Fabiane Agapito.



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